quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Primeiro post!

Outro dia, bastaram-me apenas cinco minutos assistindo televisão para comprovar o que todos nós já sabemos: fala-se muito mau o Português e os jornalistas infelizmente, não escapam à regra.

"Fulano deve estrear pela primeira vez...", "Apesar do grave acidente, Ciclano ainda corre risco de vida...", "A chegada da polícia, o cadáver encontrava-se rigorosamente imóvel"; Enfim, este são apenas mais um dos milhares de exemplos que todos nós já vimos ou ouvimos. Mas o curioso fato que me fez criar esse blog, vêm do argumento usado por um entrevistador em um programa de rádio. Estava eu dirigindo distraído quando o elemento (que só pela disposição da conversa parecia um intelectual), soltou um: “Eu ouvo falar...” - confesso ter ficado gargalhando por horas....

Passado o hilário fato, fiquei a me perguntar: Quando terminará este assassinato do idioma? Editores, jornalistas, presidentes e proprietários dos órgãos de comunicação social, andam todos distraídos ou, mais grave ainda, não sabem de fato falar corretamente?

“Erros médicos, em geral, são fatais. Erros de engenharia provocam tragédias. Erros jornalísticos produzem vítimas silenciosas, dores de alma. Devíamos ficar em silêncio?”

Nesses 200 anos de imprensa no Brasil, os casos de erros e retratações são inúmeros. E pior do que um simples erro gramatical, é encontrar uma ofensa à pessoa errada (um dos mais comuns e de conseqüências mais danosas).

O erro é um dado real no ambiente profissional dos jornalistas, mas a sua tolerância não só contribui para o comprometimento da qualidade dos produtos e serviços resultantes, como também pode afetar mais diretamente a vida dos cidadãos. O erro pode destruir reputações, criar confusões e gerar o caos. Entretanto, nem sempre há a percepção destes perigos. As erratas nos jornais são escassas, têm pouca visibilidade e, muitas vezes, provocam mais erros, gerando total descontrole no processo.

Claro, errar é humano! Mas muitos erros jornalísticos de graves conseqüências poderiam ser evitados com um pouco mais de paciência, atenção e bom senso por parte de quem o faz (o jornalista). Há outros erros ainda, que resultam da precipitação, do descuido, da inexperiência e da própria incompetência. Estes erros podiam e deviam ser evitados.

Entretanto, enquanto espero mais atenção por parte dos profissionais que consistem em lidar com notícias, estarei aqui como um radar, buscando erros, falhas, bugs e falta de criatividade para publicar algo original! Ah! Em tempo, também pretendo usar esse espaço para publicar o que me der na telha, desde curiosidades, cultura inútil e coisas absurdas.

E passemos, doravante, a trabalhar com a razão e não com a emoção.