segunda-feira, 24 de março de 2008

Cibercultura geral

O site da emissora pública TV Brasil possui um especial que explica tudo sobre a TV Digital. O espaço, que em sua maioria traz textos reproduzidos do Estadão e do Globo Online, possui uma seção de tira dúvidas que responde perguntas freqüentes sobre gratuidade, grade de programação, gravação, equipamentos, migração do analógico para o digital entre outros. Um verdadeiro manual.

O blog Tudo em Pauta, do prezado jornalista Alexandre Carvalho, começou a indicar este mês "livros que jornalistas devem ler", obras lidas recentemente pelo autor e que estão diretamente relacionadas à tríade comunicação + marketing + tecnologia. A primeira indicação já está no ar. Trata-se do livro "As Novas Regras do Marketing e de Relações Públicas", de David Meerman Scott. Segundo Alexandre, a obra "mostra de que maneira as regras tradicionais do marketing foram reinventadas e adaptadas para o mundo conectado".

Em tempo: o Media Center do JW está com vídeos que mostram exemplos da absorção de novas culturas e novas tecnologias por parte de desenhos animados. Com assuntos como mobilidade, novas tecnologias e tendências cada vez mais presentes em nosso noticiário, o tema cibercultura ganhará mais evidência também em outras áreas do site. Novos exemplos de desenhos animados serão publicados em breve na seção.

"Internet é último reduto do jornalismo independente"


A afirmação que dá título ao post foi extraída do texto-esclarecimento de Paulo Henrique Amorim anunciando o novo espaço para o Conversa Afiada depois do blog ter sido retirado do ar pelo iG, no último dia 18, quando o portal anunciou a demissão do jornalista.

Paulo Henrique Amorim assinala no texto: "Não é a primeira vez que me mandam embora de uma empresa jornalística. Só o Daniel Dantas me “tirou do ar” duas vezes: na TV Cultura e no Uol. E ele sabe que não vai me tirar, nunca ... Com isso, se encerrou a vida deste blog num portal da internet. Nenhum blog de relevância política nos Estados Unidos, por exemplo, está pendurado num portal. Clique aqui para ver: http://www.huffingtonpost.com ou http://www.talkingpointsmemo.com, para ficar em dois dos melhores exemplos. Essa é a virtude da internet: último reduto do jornalismo independente". Texto completo aqui.

Em tempo: O editorial assinado por Caio Túlio Costa sobre a demissão de PHA é um dos destaques na home do iG desta segunda.

Registros multimídias dos cinco anos de guerra de Bush


Essa semana, os jornais americanos deram destaque ao aniversário da guerra do Iraque. Diversos periódicos produziram trabalhos multimídias que retrataram os cinco anos de invasão de Bush. Mindy McAdams fez uma coletânea de alguns trabalhos:

Bearing Witness: Five Years of the Iraq War (Reuters)
Iraq: Five Years On (BBC)
Iraq in Transition (PBS Newshour)
Bush’s War (PBS Frontline)
Dayton Daily NewsIraq 5 Years In (Nytimes)

A guerra de Bush, até o momento, tem um custo estimado em US$ 504 bilhões [R$ 859,82 bilhões]. Os cinco anos foram completados nesta quinta-feira (20). Durante este período, cerca de 4.000 militares norte-americanos morreram. No entanto, não há consenso, quanto ao número de civis mortos, que é muito maior.

Segundo a Folha, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou, em janeiro, que o número de civis mortos violentamente desde o início da invasão oscila entre 104 mil e 223 mil. Já a organização não-governamental IBC (Iraq Body Count) afirma que entre 82.249 e 89.760 civis morreram desde março de 2003.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Primeiro modelo de MP3 player do mundo comemora 10 anos

Em março de 1998, era exibido na Cebit, em Hanover, na Alemanha, um aparelhinho que mudaria para sempre o mundo da música e do entretenimento em geral. Tratava-se do MPMan F10, o primeiro MP3 do mundo a ganhar as lojas do mundo, criado pela empresa sul-coreana Saehan Information Systems e que agora comemora dez anos.


E as configurações apresentadas pelo F10 na época mostra a monstruosa evolução dos players a partir dali: o modelo contava com uma unidade Flash de 32MB, armazenando de oito a dez canções, codificadas em 128Kb/s. Medindo 91 x 70 x 165,5mm, ele se comunicava com o PC por meio de uma pré-histórica porta paralela e trazia ainda um minúsculo display LCD, que mal conseguia exibir a música que estava sendo executada.

A estréia do dispositivo nas prateleiras se deu em meados de 1998, com o preço de US$ 250. No entanto, a chegada do Diamond Multimidia Rio PMP300, que trazia as mesmas especificações, além de uma tela maior e slot para o cartão de memória Smart Media, obrigou a Saehan a reduzir o valor de seu produto para US$ 200.



Uma curiosidade é que, desde aquela época, a famigerada RIAA (associação que agrega as principais gravadoras do mundo) já estava de olho na popularização do MP3. Em setembro de 1998, a entidade moveu a primeira ação judicial do gênero, contra a Diamond, fabricante do Rio PMP300. Perdeu e, de quebra, ajudou a popularizar o aparelhinho entre aqueles que já começavam a trocar músicas pela Internet.

E, alguns anos depois, mais precisamente em outubro de 2001, surgiu aí uma tal de Apple, com um tal de iPod. Logo depois, a Creative e, a seguir, a Microsoft... e o resto vocês já sabem.

terça-feira, 11 de março de 2008

Pensando sobre blogs e jornalismo



Fruto de cinco meses de trabalho, o documentário multimídia Blogs e Jornalismo já está disponível na rede. A obra é de Alvaro Liuzzi e contém 11 entrevistas com jornalistas e especialistas em meios sociais na internet. Segundo informações do autor, o documentário é multimídia porque existe a possibilidade de vê-lo de forma não linear. Alvaro criou um blog especialmente para publicação do vídeo.

quarta-feira, 5 de março de 2008

O medo não é dos blogs, é dos leitores

Estava matutando sobre a birrinha de sempre de alguns jornalistas (mea culpa: vamos parar de generalizar, há excelentes jornalistas que não morrem de medo do Futuro) e percebi que há dois fenômenos diferentes acontecendo aqui:

Um são os veículos, que demoram muito a entender as mudanças tecnológicas, principalmente quando são acompanhadas de mudanças sociais, comportamentais. Essa coisa de mídia colaborativa pegou todo mundo de surpresa.

Outra coisa são os profissionais. Assumindo que sempre haverá espaço para gente boa, o que leva alguns representantes dessa gente boa (notem que estou excluindo os medíocres. Não me culpem, reclamações com C. Darwin) a ficarem tão presos a um modelo arcaico?

Existe o fenômeno do pedestal, é muito bom o cara pagar um de Bozó, dizendo “trabalho na Globo”, “Escrevo pra Folha”, etc. Mas será isso mesmo o único motivo para essa birra com a Nova Mídia?

O grande problema com a nova mídia é que ela é de mão-dupla. E bota a cara na janela. Nos velho tempos (ou ontem, se você trabalha no Estadão) era fácil esconder-se atrás da fachada da empresa, toda a responsabilidade ia para O Jornal. Da mesma forma todas as críticas são devidamente filtradas.

Não como blogs, onde em geral, caso o sujeito não xingue nossa mãe, deixamos o comentário no ar, por mais idiota e ofensivo que pareça.

Comentários de blog devem parecer um horrível pesadelo para quem edita sessão de cartas de jornais, onde os textos são escolhidos a dedo, cortados, mutilados (ou “editados”, como dizem) e dependem da ENORME boa-vontade de alguém, para ir ao ar.

Já nos blogs não há esse controle. Mais ainda; na INTERNET não há esse controle, daí o medo da Grande Mídia e dos Maus Profissionais. Aqui eles podem ser criticados abertamente. Se um jornalista fala uma besteira no Globo, fica por isso mesmo, exceto se for algo MUITO grande. Se um blog fala alguma besteira, meia-dúzia de leitores aparecerão apontando o erro.

E jornalista ODEIA ser pego de calças arriadas, estamos cheios de exemplos onde discreta e silenciosamente corrigem textos, sem admitir o erro anterior. Acho que o recurso tipográfico indicativo de correção é mundano demais pra esses sites sérios.

Não percebem que estamos no mesmo barco. NÓS dos blogs vivemos a mesma realidade. Somos patrulhados, no bom e no mau sentido o tempo todo. Estava conversando outro dia com o Beto Largman, e ele estava preocupado com a credibilidade dos blogueiros. Expliquei que não precisava se preocupar, nós somos muito mais vigiados (no bom sentido) do que a velha mídia, que já é considerada corrupta por natureza, e de onde nada se espera é que não sai nada mesmo. Nossos leitores nos encaram como uma alternativa a uma mídia repleta de vícios e práticas questionáveis. Isso é bom. Mesmo quando é ruim.

Esse mundo onde todo mundo é questionado o tempo todo, onde não importa se você é O Maior Jornal do Pais, desde 1891, onde importa apenas a coerência da sua notícia, e onde sua credibilidade está em jogo a cada texto, esse mundo não é atraente para todos, mas esse é o mundo do futuro, e o futuro está na esquina, já.O que os dinossauros temem, eu percebo, não é a concorrência dos blogs, mas os leitores, que estão descobrindo que é muito melhor um relacionamento de mão-dupla do que a velha mídia que se acomodou em sua posição de arbusto flamejante escrevendo em uma pedra com raios.*

*Eu sei que na versão bíblica do mito não há raios, mas a imagem do filme do Charlton Heston é muito melhor.

Fonte: contraditorium.com

Extra! Extra!

Olha que interessante... Encontrei um site em flash que mostra as primeiras páginas de jornais em torno do mundo, atualizadas diariamente! E ainda com um link para página do jornal na web. Visite, o site é o Today`s Front Pages.