Depois de enfrentar uma gigantesca fila sob o sol escaldante para conseguir meu prezioso par de ingressos – na fila “Z” diga-se passagem – assisti recompensado no sábado (18) a ópera Pagliacci de Leoncavallo.
Eis um breve resumo sobre a ópera: Tudo começa com um prólogo cantado em frente da cortina por Tonio, que faz papel de um palhaço. Tonio é um dos palhaços da companhia itinerante de Circo liderada por Canio. Tonio é apaixonado por Nedda, esposa de Canio. Ele tenta seduzi-la, mas ela o rechaça. Tonio então descobre que Nedda está traindo Canio com Silvio, um aldeão da cidade onde a trupe de palhaços se encontra, e para vingar-se, após presenciar um encontro entre Nedda e seu amante, Tonio procura o patrão e o leva ao local do encontro. Canio, um homem passional e violento, avança sobre os dois. Mas, o amante foge e a trupe impede que ele agrida Nedda. Eles têm que se preparar para o espetáculo daquela noite. Sozinho em cena e desesperado com a traição da mulher, Canio canta, então, uma das mais belas árias de tenor, "Vesti la giubba", na qual expressa o seu destino trágico: desempenhar o papel de palhaço e fazer rir quando está de coração partido. O espetáculo começa e, ironicamente, Nedda desempenha o papel de uma Colombina que trai o marido com um Arlequim. O que era para ser uma comédia transforma-se num drama, quando Canio, o palhaço traído, entra em cena e coloca todo seu sofrimento no texto de seu personagem, até que, não mais conseguindo se controlar, esfaqueia Nedda. Vendo a amante agonizante, Silvio sobe ao palco para defendê-la. Neste momento, Canio avança sobre ele e também o esfaqueia.
O enredo da ópera foi criado inspirado por uma história verdadeira acontecida na Itália.
Ao final de pouco mais de uma hora de apresentação, os mais eufóricos gritavam “Bravo, bravo! Bravissímo!” No meu canto, mas tímido, eu apenas aplaudia de pé um dos espetáculos mais belos que vi em Brasacity.
Bela iniciativa da Secretaria de Cultura do Distrito Federal e da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional.