Da edição deste sábado da Folha de S. Paulo:
Relatório da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora traz uma gravação na qual o governador José Roberto Arruda (DEM-DF) pede a um assessor que repasse a políticos aliados dinheiro de empresas contratadas pelo governo.
Contra esse suposto esquema, a PF deflagrou ontem a operação, cumprindo 16 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Belo Horizonte e Brasília. Na capital federal foram feitas buscas nas casas e em gabinetes de secretários do governo e de deputados distritais, além de um anexo na casa oficial de Arruda. Mais de R$ 700 mil foram apreendidos, além de dólares e euros.
José Roberto Arruda, para os desinformados, é aquele cidadão probo que, em 2001, negou veementemente qualquer envolvimento no episódio da violação do painel do Senado, para dias depois admitir sua participação e renunciar, salvando-se da cassação do mandato. Nessa época, proferiu um dos discursos mais emocionantes da história do Senado Federal, revelador de muitos de seus princípios políticos.
“Permitam-me [tomar mais cinco minutos], com o meu sofrimento, com as vísceras da minha emoção expostas à execração pública. Eu que não tenho bens pessoais, não tenho fortuna. Mas tenho a honra. E tenho filhos, que têm o meu nome, os naturais e os que adotei. E a esta honra, eu serei fiel, enquanto viver.” José Roberto Arruda, 18 de abril de 2001
Depois da cueca e da bíblia, agora foi a vez de levar dinheiro na meia...
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